“Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — ‘Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa’” (Mateus 9,6).
“A palavra do Senhor nos convida hoje meus irmãos, a tomarmos consciência das consequências dos nossos atos. Estamos acompanhando a profecia de Amós este homem simples do povo, era um agricultor e que Deus o chamou para ser seu porta-voz ao povo de Israel, um agricultor simples que se tornou um grande profeta. Um homem que em nome de Deus, alertava o Rei Jeroboão, homem perverso, homem da idolatria, homem que não soube administrar o povo de Israel e que estava na eminência da sua terra ser invadida, por outros povos dominadores da época e arrasarem toda Jerusalém, toda a região de Israel, antes mesmo, Amós vai alerta-lo.
Deus faz isso constantemente com a gente através da consciência, Deus nos alerta antes de nós tomarmos algumas atitudes para o mal. O Senhor toca a nossa consciência, aquela velha história: “ouvi uma voz interior”, essa voz interior me chamava atenção e por que que eu fiz esse mal na vida do meu próximo? Porque que eu fiz esse mal para mim mesmo? E aí vem o arrependimento, a consciência pesada, a dor de ter provocado o mal.
O profeta Amós alerta Jeroboão: mude seu comportamento, faça com que o povo de Israel volte a fidelidade a Deus, mas ele não quis saber, muito pelo contrário, mal assessorado por outros de má índole vão perseguir Amós, vão fazer com que Amós se cale diante destas profecias, mas a certeza da destruição é eminente. O povo bárbaro invade a Terra Santa, invade Israel, mata, destrói muita gente, sua família, a família de Jeroboão, é totalmente destruída. Nós observamos que a própria esposa foi levada à prostituição, os filhos foram assassinados, ou seja, um verdadeiro desastre na vida de Jeroboão e consequentemente ao povo de Israel.
A pergunta que não deixa calar é: É Deus que castiga? Foi Deus que enviou todo esse sofrimento? Claro que não! Ao contrário, Deus nos alerta, Deus nos previne, Deus nos chama atenção. Os Anjos de Guarda , os Espíritos de luz que estão aí à disposição da humanidade, sempre trazem esta palavra, como o profeta Amós trouxe a Jeroboão, faça de tudo para não deixar este mal dominar a sua vida, mas nem sempre nós damos ouvido, nós estamos às vezes tão possuídos pelo ódio, pela raiva, pela inveja, pelos ciúmes, ou sentimentos que não são, nem bonitos, belos, nem bons, que a gente não deixa essa voz interior nos guiar e aí vem o sofrimento, vem o arrependimento.
A palavra de Deus nos convida a não nos paralisarmos. Por isso que Jesus no evangelho de Mateus, mostra a cura de um paralítico, o mais bonito dessa história: quem carregou o paralítico? Com certeza quatro homens carregam numa maca, esse paralítico e ao carregar esse paralítico, nós também nos colocamos naquela velha posição: o quê, que eu também faço para levar os paralíticos da minha história de vida?
São muitos os irmãos e as irmãs que precisam ser conduzidos a Jesus, mas muitas vezes nós não assumimos esse compromisso de levar o outro ao encontro do Senhor. A postura de conduzir o paralítico aqui, nos chama atenção. Claro que a cura vem em nome de Jesus, a cura vem na presença do Senhor, aquela pessoa paralisada pelo mal, ela volta à vida. Mas, o mais bonito é perceber que: homens, pessoas, levaram o paralítico à Jesus.
E é isso que nós precisamos acordar, assim como Amós que levou Jeroboão, para o encontro com Deus, mas ele não quis, nós devemos fazer a nossa parte. Levar o esposo a esposa, os filhos, conduzirmos alguns paralíticos, na fé, alguns paralíticos na bondade ao encontro verdadeiro com Deus. Se assim nós fizermos, com certeza nossas paralisias e as paralisias daqueles que nós estaremos conduzindo, serão dissipadas pela presença de Deus, na cura do Senhor Jesus.
Então esse é o convite desse dia, levarmos os paralíticos ao Senhor. Começando da sua casa, começando da igreja doméstica, buscando verdadeiramente esse encontro com aquele que pode nos dar vida e Vida em Plenitude.”
Padre Jackson Frota, sss
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