“Jesus respondeu: ‘Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’ e ela irá. E nada vos será impossível” (Mateus 17,20).

Para quem tem fé nada é impossível, afirma nosso Senhor Jesus Cristo.

Querido irmão, querida irmã, nesse sábado, dia do Senhor, queremos primeiramente agradecer a Deus a caminhada desses dias, a convivência com nossa família, a convivência com os demais irmãos que foram passando pelo nosso caminho, as diversas atividades que nos foram gratas a Deus, no sentido de termos realizado bem, e tudo aquilo que é possível ser reconhecido como obra e graça do Senhor.

Queremos desde já consagrar o novo domingo, o novo amanhecer, a nova semana. Celebramos às vésperas no Dia dos Pais, pais biológicos, pais adotivos, pais espirituais, homens que assumem com dignidade a paternidade em nome de Deus nesse mundo, não só no contexto da reprodução biológica de gerar um filho concebido entre um homem e uma mulher, mas também no grande contexto de cuidar, de zelar, de assegurar essa vida, de proteger diante das forças do mal.

É nessa certeza que nós acolhemos o Evangelho de hoje. Um pai que clama por amor, a cura do seu filho. Amor de pai, amor de mãe, revela fortemente o que é possível fazer em nome daqueles que são o maior bem de sua história por esse mundo, seus filhos.

É grandioso demais o valor de um filho, de uma filha. Não existe preço sobre a vida de um filho, de uma filha é a geração que se prolonga, é o seu sangue que se derrama, na história da vida, é tua história em código genético sendo reproduzido e por isso mesmo aquele pai desesperado por ver seu filho agonizando, correndo risco de morte, pede a nosso Senhor Jesus Cristo para ir curar. Curar da enfermidade da epilepsia, que levava cada vez mais aquele menino ao sofrimento, à morte.

É muito importante tomarmos nota disso, porque é amor de pai. Nem sempre, estamos acostumados a ver pelas notícias, alguns homens não assumem bem a paternidade, dá, abandona os seus filhos, relegam esse cuidado, esse zelo, quando muito, chegam a dar uma pensão, um percentual financeiro,que por muitas vezes não consegue criar, educar seus próprios filhos.

Mas tirando essa questão, de falta de bom senso, nós entendemos que o rosto paterno de Deus se manifesta em cada homem que assume aquela postura de São José, que soube também cuidar do filho de Deus. Independente de não ser biologicamente dele, mas o seu amor paterno superou essa questão biológica e adotando o filho de Deus para si, ele cuidou, zelou, protegeu e ensinou o ofício da carpintaria.

Assim é, aquele homem que pede a Jesus para que a Ele vá e cure. É interessante porque Jesus realmente cura, aquela criança da epilepsia, mas também catequiza os apóstolos dizendo, que essa cura ela vem pela fé, ela vem também pela determinação de querer a cura do irmão, da irmã. Os próprios discípulos haviam tentado, mas não haviam conseguido alcançar a cura e aí Jesus fala: a fé deste pai, a fé daqueles que estão aqui, querendo o bem para esta criança, levou ao termo da cura, daquele que já estava jazendo pela epilepsia.

Daqui pra ali, daqui pra cá, é a força da Fé, se vocês tivessem nem que fosse um pouquinho, a fé, tudo vocês conseguiriam, tudo vocês poderiam, disse o Senhor. É muito importante tomarmos nota disso a presença de Deus, alimenta essa energia do bem que está em nós, a fé.

A fé é essa força interior que faz sempre a gente acreditar, lutar, correr atrás, alcançar. É a energia do bem que Deus já nos concede desde lá da nossa concepção. Muitas vezes nossa fé está frágil, porque falta oração, falta busca de intimidade com o Senhor, falta exercício da prática do bem, da caridade. Muitas vezes estou sendo uma pessoa amarga, egoísta, gananciosa, uma pessoa que não consegue perdoar, e aí evidentemente esta fé, ela vai sendo fragilizada, sufocada, porque ela precisa ser exercitada.

A fé é uma virtude teologal que nos ajuda a entender que ela deve ser exercitada diariamente, assim como as articulações das pernas, dos pés, dos braços, temos que fazer articulação, exercício, para que não venha a paralisia e as dores. O que nós chamamos no popular, nosso corpo enferruja. A fé ela deve ser trabalhada diariamente para que ela não venha também ser enferrujada, para que ela não venha a ser minguada, diante das situações do mundo.

E é isso que nós pedimos a Deus nesse sábado: Senhor aumenta a nossa fé, fazei com que esta fé que está em mim, posso irradiar cura e libertação por onde eu estiver e com quem eu estiver operando através do teu nome Senhor Jesus.

Padre Jackson Frota, sss

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