Celebração da Fé 07/07/2020 – Áudio Pe. Jackson Frota, sss

Celebração da Fé 07/07/2020 – Áudio Pe. Jackson Frota, sss

“Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade” (Mateus 9,35).

Queridos Irmãos e irmãs, a paz do Senhor esteja convosco na vossa casa, junto ao vosso coração nós estamos mais uma vez caminhando na palavra de Deus que proclama a idolatria do povo de Israel, um povo que constantemente renova a sua aliança de fidelidade a Deus, mas também sempre cai sempre retorna ao erro comum de se voltar contra ao Senhor e de começar a valorizar aquilo que não é essencial na vida.

Nós ouvimos que o povo de Israel construiu um bezerro, um bezerro de bronze para ser adorado e esse bezerro foi levado à Samaria, considerado território dos pagãos, e o povo venerava um objeto sem nenhum sentido, sem nenhuma vida e tudo isso manipulado pelos Reis que foram escolhidos pelo povo de forma errada e que trouxeram grande prejuízo ao povo de Deus. Líderes inconsequentes, líderes sem inteligência, líderes persuadidos muitas vezes por outros, manipulados, que fizeram o povo sofrer tanto.

Evidentemente a idolatria é o rompimento com a fidelidade ao Deus único e verdadeiro, todas as vezes que nós rompemos com a fidelidade junto de Deus, nós nos tornamos idólatras. Idolatria não é só uma questão de estar diante de uma imagem de gesso, madeira ou outro material, beija-la, pega-la, é muito mais do que tudo isso, é quebrar aliança de fidelidade a Deus, é começar a virar as costas para aquele que é o essencial da vida.

E o povo de Israel, proclamado pela profecia de Oséias, viveu esse tempo tão difícil de uma profunda idolatria e as consequências foram grandes porque o povo começou a se dividir, tudo foi destruído muitas famílias foram dilaceradas e foram dilaceradas pelas invasões de outros povos, por isso que o profeta disse: vocês semearam vento e vão colher tempestade. Quantas vezes nós também não fazemos a mesma coisa não é? Não semeamos vento, achando que podemos tudo, que podemos mais, e ousamos muitas vezes até dizer que não precisamos de Deus e nem do próximo, é como nós colheremos tempestades na vida. É um fato, muitas vezes estamos colhendo as consequências das nossas atitudes.

É válido lembrar que todas as nossas ações geram consequências seja para o bem ou seja para o mal, se eu escolho o bem, se eu construo no meu caminho atitudes de luz, atitudes de bondade, muito provavelmente eu vou colher também o bem e a bondade. Mas se eu semeio o mal, a destruição, a perseguição, o mal ao meu próximo, tenha certeza que também consequências negativas surgirão na nossa vida, na minha vida, na sua vida.

Não vamos semear ventos para não colhermos tempestades.

E semear o vento pode ser simplesmente uma atitude, até de orgulho do ser humano, mas a Tempestade ela arrasa, a tempestade ela inunda, a tempestade ela destrói, as consequências as vezes são maiores até do que aquele ato cometido. O profeta então, Oseias, nos chama muita atenção para nós não deixarmos a idolatria nos dominar colocarmos pessoas ou coisas acima da nossa fidelidade à Deus e de nós não semeamos os ventos nesta vida para nós não colhermos tempestades. Lembremos que todo ato tem uma consequência!

O próprio Jesus no evangelho de Mateus, nos chama atenção para essa jornada difícil, de tentar não semear nuvens, ventos fortes, para não colhermos as consequências negativas da vida com as tempestades do mundo. Ele cura um mudo, que estava possuído pelo espírito do mal, não conseguia falar e Jesus devolve a fala deste homem, liberta este homem do silêncio profundo, a comunicação deste homem ela é direta, ele consegue falar, e o falar para este homem significa uma libertação, nós devemos falar aquilo que Deus gera em nós: a vida.

Ele gerou vida para aquele homem, ele gerou cura, ele gerou libertação e é interessante porque a agenda de Jesus durante o dia, ela é bastante prolongada, bastante intensa, Ele passa o dia inteiro curando, libertando, renovando a vida das pessoas, acordando o povo porque ele percebe que o povo está sem pastor, os líderes haviam abandonado o povo, como sempre, não havia Rei, não havia príncipe, não haviam pessoas que pudesse inspirar confiança.

E Jesus se compadece deste povo. A compaixão do Senhor significa: é com o sofrer do outro, Jesus tinha compaixão, porque justamente ele se colocava no outro que sofria, seja o leproso seja paralítico, seja o cego, seja prostituta que usava o seu corpo para poder sobreviver. Jesus se colocava no lugar do outro e por isso que ele agia com tamanha compaixão, com tamanha misericórdia, mas no final de um dia Jesus ensinou a multidão: rezem, peçam ao Pai, para que ele envie trabalhadores para a Messe, porque não é fácil, as tempestades da vida são muitas e são fortes, são rigorosas.

Pedi  ao Senhor da Messe, o Senhor da vida, o Senhor do trabalho, pedi a Ele, que Ele envie trabalhadores, que a vida não é fácil, precisamos de homens e mulheres comprometidas com a força do bem, homens e mulheres éticos, homens e mulheres honestas, homens e mulheres que inspirem as novas gerações à conduta do bem, da verdade, do correto.

É isso que hoje a Palavra nos convida: não semeie ventos e não colherá tempestade. Tenha cuidado com as idolatrias, faça de tudo para que a tua ação no mundo revele que você é um trabalhador da Messe, você colabora com o Reino de Deus, você é mais um operário do Senhor e com suas mãos, com o seu coração, com a sua mente, com sua alma, você está servindo ao Deus único e verdadeiro.”

Padre Jackson Frota, sss

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