“Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus” (Mateus 18,3).
Meu querido irmão, minha querida irmã, louvado seja Deus por mais um início de uma nova caminhada desse dia, hoje sendo 11 de agosto, terça-feira da 19° Semana do Tempo Comum, temos muito a consagrar ao Senhor, tudo o que somos e tudo o que temos. De uma forma muito especial a Palavra de Deus hoje nos coloca, a vida daqueles que desejam participar do Reino dos Céus.
O Reino dos Céus ele não surge através de ostentação, o Reino dos Céus não está presente no mundo já através de escândalos, o Reino dos Céus não aparece entre nós para chamar atenção a ponto de apresentar medo, pânico ou até mesmo trazer aos corações humanos receio de buscar a Deus, ao contrário, o Reino dos Céus é algo que já está presente entre nós e que se tornará plenamente edificado e construído após a nossa passagem neste mundo.
Porém precisamos observar a catequese que o próprio Cristo apresenta, alguém pergunta: quem é o maior no Reino dos Céus? Como se no céu existisse espaços de privilégios ou seja, existe espaço como aqui na terra de pessoas mais queridas porque tem títulos acadêmicos, porque têm mais dinheiro ou por que se tornaram notáveis por grandes feitos.
E Jesus de forma muito catequética, ele toma uma criança e mostra qual é o verdadeiro rosto daqueles que pertencem ao Reino dos Céus. Através de uma criança, a criança nós sabemos, ela é simples, ela é verdadeira, quando ela gosta, ela corre, ela se atira nos braços de um adulto, quando ela não gosta ela dá língua, ela faz cara feia, ela diz eu não gosto da titia, eu não gosto de titio, eu não gosto do vovô, da vovó, ela é muito verdadeira, criança sempre faz isso.
E Jesus toma justamente, esse belo exemplo de criança para mostrar a verdade dos corações. Quem quer participar do Reino dos Céus tem que olhar esse exemplo da criança, não no sentido da imaturidade, a criança ela é imatura, a criança muitas vezes não tem consciência do que diz, do que fala, mas ao contrário, Jesus quer mostrar que essa parte da inocência, da pureza, da verdade, do falar do agir da criança, deve estar presente na nossa vida, principalmente aqueles que buscam a conversão.
Jesus diz: aqueles que não se converterem, não entrarão no Reino do Céus, ou seja, aqueles que não mudarem seus comportamentos, para uma postura de verdade, da verdade da pureza, da sinceridade, assim como as crianças, dificilmente vai entrar no Reino dos Céus.
Jesus fala que o Reino dos Céus, ele é feito dos pequeninos, quem são os pequeninos? São os homens e mulheres desta terra que souberam se colocar como pessoas simples, humildes, que não deixaram a arrogância, a prepotência dominarem suas vidas e alegria de Deus está justamente em recuperar esses que então em busca da verdadeira conversão.
Jesus até compara, Deus como um pastor que tem 100 ovelhas e que uma foge e ele faz de tudo para encontrar e quando encontra fica tão feliz! Ele fica mais feliz do que com as 99 que ficaram guardadinhas, por que? Porque aquela que saiu do seu redil, aquela que fugiu, aquela que correu o risco de se machucar, ela volta para o redil do Senhor acolhida pelos braços do Bom Pastor.
Por isso meu irmão, é muito forte a expressão quando Jesus diz: que Deus, nosso Pai, que está no céus, não deseja perder nenhum dos seus pequeninos. Isso é muito importante ouvir de Jesus, porque muitas vezes nós desistimos das pessoas, nós desistimos dos filhos, quando entram no mundo das drogas, desistimos do esposo, quando há uma traição, desistimos da esposa, quando ela não se torna uma verdadeira companheira, desistimos da igreja, devido alguma postura errada do padre, do pastor, da freira, do coordenador de pastoral.
Mas o Senhor diz: o Reino dos Céus ele é feito justamente, dos pequeninos, dos que foram simples de coração, dos puros, daqueles que realmente viveram como uma criança, com a verdade do falar, com a verdade do agir.
Por isso meu querido irmão, minha querida irmã, peçamos a Deus essa graça: Senhor, que eu participe do Reino dos Céus que já está aqui, agora, presente, que o Senhor me ajude a fazer esse caminho e que a criança que está dentro de mim, que habita o meu ser, ela de vez em quando surja, não para me tornar imaturo, mas para me lembrar que eu sou puro, que eu sou inocente e que eu posso ser bem verdadeiro, no meu pensar, no meu falar e no meu agir, para que assim eu possa participar do Reino dos Céus.”
Padre Jackson Frota, sss
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